Leonardo
O relógio na parede avançava lentamente, cada segundo marcado pelo som irritante do ponteiro. Eu estava sentado na recepção do hospital há horas, mas parecia uma eternidade. O silêncio ao meu redor era cortante, sufocante, como se o próprio tempo estivesse contra mim.
Magnus estava ao meu lado, o olhar fixo no chão, o maxilar travado. Ele não falava nada, mas eu sabia que ele estava tão consumido pela tensão quanto eu.
Minha perna balançava sem parar, a impaciência corroendo cada célula do meu corpo. Não havia nenhuma notícia. Nenhum médico, nenhuma atualização. Nada.
Então, a porta da recepção se abriu, e meus pais entrara