Capítulo 47: Vá, pode ir

Auriel Pov

Mas, antes que ele avance mais em minha direção, Thorne para abruptamente, seu corpo se retendo como se uma corrente invisível o tivesse puxado para trás. Seus olhos castanhos, que momentos antes cintilavam com um desejo ardente, agora escurecem, tornando-se sombrios, quase tormentosos, e sinto um aperto no peito, uma confusão que me deixa sem chão.

Não entendo de início o que mudou, o que o fez recuar, até que o som de novos passos ecoa pelo corredor, firmes e decididos, quebrando o feitiço que nos envolvia. A presença de Darius surge como uma brisa que dissipa a névoa, e meu coração, já acelerado, dá um salto, dividido entre o alívio de ser arrancada daquele momento intenso e a culpa que começa a se formar, como uma sombra que se insinua em minha mente.

“Boa noite, príncipe,” Darius saúda, sua voz firme, mas carregada de uma amizade calorosa que contrasta com a tensão que sinto pulsar no ar.

Meus olhos encontram os dele por um instante, e vejo um brilho de confiança em s
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