Thorne
“Nyra, mais rápido!” peço com impaciência. “Concentre-se no cheiro dela!” Minha mente se estreita ao redor dessa única prioridade.
“Criança, pare de me dar ordens. Eu sei o que estou fazendo!” Nyra responde atravessada. O tom dela carrega uma irritação orgulhosa, como se eu estivesse questionando algo óbvio.
Me controlo para não debater com ela, porque sei que isso não serve para nada. Engulo a resposta que quase sai, mantenho o foco no nosso objetivo.
Nyra continua correndo e finalmente captamos o cheiro da Auriel e isso nos atinge como uma onda. O cheiro dela é familiar, confortável, misturado com medo, suor, magia e uma coragem que eu reconheço mesmo à distância.
O desespero da Auriel é quase palpável, mesmo que eu não esteja vendo-a ainda, uma energia ansiosa que parece vibrar no ar ao nosso redor.
A visão invade a minha memória novamente. O medo de ter chegado tarde demais quase me dominando. Por um instante, a imagem dela caída no chão, sangrando ou imóvel, tenta se insta