Thorne
“Que isso, Auriel, não fique acanhada agora. Diga para ele a grande novidade, diga...” Darius diz animado, a voz carregada de uma provocação perversa, e empurra Auriel para frente como se ela fosse um animal acanhado que precisa ser exibido. O gesto dele é brusco, impaciente, totalmente destituído de qualquer respeito.
Ela tropeça nos próprios pés, o corpo vacilando por um instante, e por reflexo eu avanço para frente, meu corpo reagindo mais rápido que minha mente. A corrente estica com força ao redor do meu pescoço, mas mesmo assim consigo alcançar o suficiente para impedir que ela caia. Nossas mãos se esbarram e, por um breve segundo, o calor da pele dela toca a minha. O corpo dela encosta no meu, e eu a seguro com delicadeza, como se fosse possível protegê-la mesmo estando acorrentado. O aroma dela me invade — suave, familiar, devastador — e a sensação me atinge com tanta intensidade que por um instante esqueço até da dor latejando na minha garganta.
“Eu vou tirar você daq