Auriel
A locomoção no castelo me causa medo novamente. Cada passo que dou parece ecoar longe demais, revelando minha presença para qualquer um que queira usá-la contra mim.
Há tantas pessoas diferentes circulando pelos corredores — rostos desconhecidos, expressões duras, corpos rígidos como se estivessem em constante prontidão — que me surpreende ainda mais saber que Darius tem praticamente um exército montado e que, com ele, conseguiu causar um golpe de estado.
A visão disso tudo me aperta o peito, como se estivesse caminhando pelo território de uma fera enorme e silenciosa.
Ando pelos corredores a passos ligeiros, tentando não chamar atenção. Sinto os olhos sobre mim, olhos que julgam, que avaliam, que procuram sinais de fraqueza. Alguns lobisomens me encaram com desconfiança, os olhos brilhando com aquela ferocidade inata, mas ninguém me impede de continuar indo em direção às masmorras.
Mesmo assim, cada olhar prolongado faz minha respiração falhar por um instante — sinto que a qu