Ele ligou uma vez e a ligação caiu na caixa postal, ligou outra vez e nada, ligou de novo e mais uma vez nada. É a primeira vez que o vejo ficar tão aflito, Rafael não para de andar de um lado a outro e até eu começo a ficar ansiosa.
- Talvez ela esteja dormindo… - falei tentando acalmá-lo.
Obviamente eu não acredito no que falei, mas entre ver ele dessa maneira ou ver ele bem, prefiro ficar com a última opção. Dói em meu coração ver ele assim.
Ele me olha, saindo do seu pequeno transe.
- Dormindo antes das 22? - me pergunta duvidando do que eu digo.
- É… talvez ela estava exausta… sei lá! - nunca pensei que estaria defendendo a namorada dele - Enfim, acho que vou para casa.
Sinto que ele está nervoso demais, talvez queira ficar sozinho. Me levanto e termino de fechar minha mochila, no fim, nem estudamos. “Eu preciso realmente de um tutor particular!” suspiro ansiosa.
- Espera… - ele se aproxima novamente - Me faz um favor?
Seus olhos pareciam meio perdidos em pensamentos.