Por sorte deu tempo de voltar em casa e trocar de roupa por uma mais decente. Escolhi um short jeans, com uma fivela, um body preto e uma jaqueta leve amarrada na cintura. Pedi para o meu pai nos levar ao local da festa, que fica a 20 minutos da cidade, é em um sítio. E aqui estamos nós, no carro, enquanto ele nos leva.
- E como está lá com a sua mãe? - pergunta Joana, sentada no banco de trás do carro.
Dou de ombros. Não posso dizer muitas coisas a ela enquanto meu pai está conosco.
- Normal. Acho só um pouco difícil a escola… mas de resto… - deixo a frase morrer no ar.
Meu pai, apesar de dirigir, presta atenção na nossa conversa. Ele é um ótimo pai, mas coisas de romance ou algo assim, me dá vergonha em contar para ele ou deixar ele saber.
- Hmm… - murmura Joana.
O silêncio começa a ficar meio incômodo, então falo sem pensar:
- É engraçado como tudo aqui parece tão igual... - digo a eles, olhando a estrada ao redor.
- É... aqui nada muda, mas a gente gosta assim. - disse ela, como u