Ainda não... mas logo vou ser
Coço a cabeça, franzindo o cenho. Eu tinha realmente tomado muito e eu era realmente a pessoa que gravava tudo. Mas será que eu fiz isso? Eu não lembro de nada, minha memória sobre isso é um apenas um borrão…
- Olha… - ela segura as minhas mãos, me fitando com suavidade - Para mim, já está tudo bem essa história, já passou. O que me deixou chateada mesmo foi você querer se mudar… Por que você fez isso?
Sinto um nó na garganta e meus olhos se enchem de lágrimas. A abraço sem pensar.
- Eu acho que sentia muita falta da minha mãe… - respondo com a voz embargada, sendo sincera.
Ela me conduz até uma mesa de madeira enorme, rustica, onde nos sentamos uma do lado da outra. Ela cruza os braços, me encara e diz:
- E o que você está achando de viver com a sua mãe? Não me dê a mesma resposta que me deu no carro… ou eu juro que viro o bicho! - finge estar brava.
Solto uma risada breve.
- É que eu fico com vergonha de falar essas coisas na frente do meu pai… nem gosto de comentar sobre minha mãe