As pontas dos seus dedos passeiam devagar pela minha pele, agora me causando leves cócegas na barriga enquanto circula ao redor do meu umbigo, mas não são cócegas ruins, são boas. Eu tremo e ele percebe. - Você está nervosa? - sua voz sai baixa, como quem tenta controlar a própria respiração. - Mais ou menos… - olho em seus olhos enquanto ainda sinto seus dedos pela minha barriga, subindo e brincando com a renda do meu sutiã, mas sem me tocar de forma invasiva. - É só eu nunca senti isso antes. Ele sorri, satisfeito, outra vez. Seus dedos agora descem para a minha cintura, fazendo uma leve pressão quando chegam aí. Ele faz tudo isso, sem desviar o olhar do meu. Observando cada reação minha. Ele se aproxima e sussurra em meu ouvido: - Gosto da cara inocente que você faz toda vez que eu te causa um arrepio… - e então volta a me encarar, como se estivesse assistindo a um show. Minhas bochechas coram. Não sei nem o que dizer. Só a sensação de ter meu corpo inteiro queimando pe
De certa forma nosso tempo juntos no banheiro mudou algo dentro de mim. Eu não estou mais me contentando com só ver ele, eu sinto necessidade do seu toque em mim, do seu calor. Rafael é aquela comida favorita que, não importa quantas vezes a pessoa come, nunca enjoa. Ele é como um dia ensolarado depois de vários dias de frio. Ele é como aquele docinho depois de um almoço pesado. Ou até mesmo a água gelada para aquele que caminha três horas em um dia de 40 graus. Eu preciso dele. Eu quero ele. E eu sei que ele também precisa de mim. Durante as aulas, seus dedos procuram pelos meus, ansiando sentir meu contato. Eu preciso demais. Eu quero mais. E ele também. - Assim que soar o alarme, me encontra no banheiro. - ele havia sussurrado. E aqui estamos. Outra vez. Ele tão próximo ao meu corpo, que sua respiração me enfeitiça. Suas mãos me conhecendo cada vez melhor e com as minhas timidamente tocando seu corpo, me aventurando. Eu me sinto dele. E ele se sente meu. - Eu sei que n
Um mês e meio se passou desde que comecei a viver com minha mãe e percebi o quanto eu estou atrasada com a escola. Sempre pensei que eu fosse boa aluna, mas minha antiga escola nem se compara com essa. Na outra eu nem precisava me esforçar para tirar 10 e nessa parece que eles querem nos matar de estudar. Eu entendo que não estou fazendo o melhor que posso e sei que Rafael me atrapalha um pouco nos estudos, sempre me distraindo de uma maneira ou de outra. Por sorte não tivemos como ir ao banheiro outra vez, mas o desejo por ele me faz prestar mais atenção nele que em minhas próprias classes. Além de todas as aulas normais, que já estão em um nível bastante difícil para mim, eu ainda tenho aula de inglês e francês. E o diretor acha que é o meu dever saber tanto quanto os alunos que sempre estudaram ali sabem. Eu nunca nem sequer tinha visto Francês na minha vida. Me sinto frustrada ao observar minhas notas todas vermelhas, a única nota boa é em literatura. - Será que eu deveri
Assim que ela sai, tento focar nos meus estudos, mas novamente sou interrompida. Alguém abre a porta do meu quarto com certa força e eu nem preciso olhar para saber quem é. - Hey… - diz ele para chamar minha atenção, então lhe dou o gosto de ter meus olhares. Pedro está parado em minha porta com os braços cruzados e olhando fixamente para mim. Ele usa uma roupa boa demais para ficar em casa. Na verdade, parece estar bem arrumado. - Eu estou tentando estudar, Pedro… O que você quer dessa vez? - fico irritada, ele é a última pessoa que eu queria ver agora. Ele se irrita também. Ultimamente andávamos muito reativos um ao outro. - Sei que sua mãe veio te trazer o dinheiro da mesada… eu quero ele! - fala sem rodeios. Pisco várias vezes sem acreditar no que acabei de escutar. Ele então caminha até mim e estende sua mão. - Você tinha me falado que não era nenhuma interesseira, então acho que você não precisa desse dinheiro… Além disso, eu REALMENTE preciso desse dinheiro. -
Ultimamente ando meio incomodado com o fato da Anna só querer fazer algo entre nós 3. Se vamos comer, ela quer que o Pedro vá junto. Se vamos ao cinema, ele está lá. Se vamos viajar, ele está lá. Eu entendo que o cara é nosso melhor amigo, mas já me sinto cansado de ver a cara dele sempre que quero passar um tempo sozinho com ela. E aqui estamos nós novamente, mais um sábado passando com ele, em sua casa. Depois de tanto falar para ela que isso já estava começando a me incomodar e só obter como resposta um “Ele é nosso amigo e ano que vem não vamos mais estar todos juntos assim, você sabe… faculdade e todo mais!”, eu acabei desistindo e só aceitando. Me sento na beirada da piscina e tomo algumas cervejas enquanto observo os dois se divertirem. - E aquela garota… Sophia.. Onde está ela? - questiona minha namorada a ele enquanto j**a água em sua cara. - Deve estar no quarto dela! - ele aponta para uma sacada cuja luz está acesa. Olho para cima para ver a sacada e logo volto par
Minhas bochechas queimam de vergonha. “Para de fazer perguntas idiotas, Sophia!”. Rafael está com um short desses “estilo jogador de futebol” e observo discretamente o volume natural que ele tem no meio das pernas e logo desvio o olhar, me sentindo culpada por fazer isso.- Não é isso … - digo sem graça.Ele sorri para mim. O observo um pouco mais, até sentado ele é bonito. Essa cadeira dele aguentaria duas pessoas? “Sophia para com isso!”, digo a mim mesma.- Eu prefiro que ela seja menor que uma cama de casal mesmo, assim tenho minha namorada mais perto de… - ele rapidamente para de falar se dando conta do que está dizendo.Sinto meu estômago doer em imaginar isso e faço uma cara de desgosto. Ele segura uma das minhas mãos, entrelaçando nossos dedos.- Você é bem expressiva… Consigo ver pela sua cara que não gostou - ele me observa um pouco mais e novamente dá um tapinha na cama.Me sento. Seu colchão é do tipo denso, do jeitinho que eu gosto. Apesar do quarto dele ser aconchegante,
Ele ligou uma vez e a ligação caiu na caixa postal, ligou outra vez e nada, ligou de novo e mais uma vez nada. É a primeira vez que o vejo ficar tão aflito, Rafael não para de andar de um lado a outro e até eu começo a ficar ansiosa. - Talvez ela esteja dormindo… - falei tentando acalmá-lo. Obviamente eu não acredito no que falei, mas entre ver ele dessa maneira ou ver ele bem, prefiro ficar com a última opção. Dói em meu coração ver ele assim. Ele me olha, saindo do seu pequeno transe. - Dormindo antes das 22? - me pergunta duvidando do que eu digo. - É… talvez ela estava exausta… sei lá! - nunca pensei que estaria defendendo a namorada dele - Enfim, acho que vou para casa. Sinto que ele está nervoso demais, talvez queira ficar sozinho. Me levanto e termino de fechar minha mochila, no fim, nem estudamos. “Eu preciso realmente de um tutor particular!” suspiro ansiosa. - Espera… - ele se aproxima novamente - Me faz um favor? Seus olhos pareciam meio perdidos em pensamentos.
Olho para ele incrédula. “Ele realmente está me perguntando isso?”. É obvio que eu gostaria de dar meu primeiro beijo, mas não faria isso com ele estando chateado com a namorada, porque eu tenho certeza que ele vai se arrepender mais tarde e vou me sentir péssima pensando que me aproveitei da situação. Para tudo tem limites.- Não! - respondo me sentindo incomoda novamente. Ele se vira de lado e fica de frente para mim, sua é expressão é de confusão total. - Pensei que aceitaria… - Rafael se concentra em mim, me observando, estudando meu comportamento.- Como posso aceitar algo assim quando eu sei que você se arrependeria no outro dia? - também fico de lado e me viro para ele.Sua mão toca meu rosto de forma gentil. Porém, eu não penso em ceder, não por mim, mas por ele. Que tipo de pessoa eu seria se eu fizesse algo que claramente vai deixá-lo mal depois só para que eu me sinta bem agora? Uma tremenda oportunista. - Eu não vou me arrepender… - seus olhos buscam conforto, mas um co