— Vai sair? - Devolvo o perfume no lugar na penteadeira bagunçada com as maquiagem que usei, evitando esbarrar nossos olhares pelo reflexo. Decente demais para ser uma noitada qualquer e pensar nisso alimenta o monstrinho de ciúme se revirando. As garrinhas afiadas dele perfuram o coração, apertando-o e amargando a boca. Eu não deveria me sentir assim, ele já tem controle demais sobre mim e agora tenta controlar o que sinto sem saber que é capaz disso. De qualquer forma, sua vida fora do horário de trabalho é particular… só que eu quero muito descobrir mais sobre esse o cara que meu pai colocou sob nosso teto. — Seus amigos da Bradford?

— Poderia ser com uma namorada…

— Não é. - Digo, mais apressada do que gostaria. Arrasto o banquinho até a estante de saltos altos, subo nele e fico na ponta dos pés para alcançar dois pares diferentes, um preto e um vermelho como o vestido, que sobe até a poupa da bunda. — Está cheiroso, mas não o suficiente para permanecer na mente dela por muito tem