Angela se agachou ao lado da cadeira de banho, envolveu Lúcios com uma toalha e começou a secá-lo com gestos pacientes e cuidadosos, como se aquilo fosse parte de uma rotina que sempre existira entre eles. Mas, para ele, cada toque era um alerta. Uma lembrança viva de tudo que estava perdendo.
Quando ela começou a puxar a toalha para ajudá-lo a se vestir, ele cerrou os dentes. Ela já o tinha secado, e naquele momento, queria justamente tirar a única peça que ainda escondia um pouco de sua dignidade.
— Chame Valerius. Eu prefiro que ele me ajude com isso. — A voz de Lúcios saiu baixa, mas firme, tentando manter a dignidade que sentia escorrer pelos dedos. Quando segurou o elástico da peça com a intenção de descê-la, já não sentia nem mesmo os espasmos, mas, naquela situação, desejou desesperadamen