73. O OLHAR NAS SOMBRAS
A manhã amanheceu dourada, com o sol filtrando-se pelas copas das árvores e tocando suavemente os jardins da mansão dos Monteiro, agora lar de Isabela e seus filhos. O ar tinha o perfume fresco das flores que rodeavam a entrada, e o riso das crianças ecoava como música entre as paredes brancas e os portões de ferro forjado.
Henrique descia as escadas com as chaves do carro na mão, vestindo uma camisa clara e o sorriso sereno de quem havia finalmente encontrado paz. Isabela o acompanhava, linda em sua simplicidade, de vestido leve e cabelos soltos, ajeitando o casaco de Luan e amarrando o laço do sapato de Gabriela.
— Vamos, meus amores! — ela chamou, rindo quando Levi correu na frente para segurar a mão de Henrique.
Henrique, sempre bem humorado, pegou o menino no colo girando-o no ar, provocando gargalhadas. — Atenção, passageiros! Próxima parada: Shopping.
As crianças vibraram. Isabela balançou a cabeça, sorrindo — havia algo de mágico naquele cotidiano, um tipo de felicidade que el