Diego
— Isso não pode estar acontecendo. Não pode… é um pesadelo. Eu vou acordar. Preciso acordar!
Murmuro entre os dentes, tentando me convencer enquanto o carro rasga as ruas da cidade. O coração martela no peito como se quisesse escapar dali. Desde a ligação da secretária da Valentina, meu corpo entrou em modo de emergência. Ela entrou em trabalho de parto. Sem aviso. Sem explicação. Faltavam semanas ainda… Tudo estava bem! Todos os exames normais! Estávamos felizes, ansiosos, planejando cada detalhe. E agora isso?
Jogo o carro no meio-fio sem nem olhar onde estacionei. Nem tranco a porta. Que se dane. Desço num salto e corro em direção à recepção do hospital, mas sou barrado na entrada.
Sofia e Leandro estão ali. Esperando. Parados. O rosto dos dois me acerta como um soco seco: algo deu muito errado.
— Onde está a Valentina?! — disparo, voz alta, quase rouca. — Cadê a irmã de vocês?!
Leandro dá um passo à frente. O olhar dele é baixo, o tom de voz... calmo demais.
— Diego… ela est