Valentina
— Princesinha da mamãe, seu pai a essa hora já deve estar indo para casa. Mal posso esperar para chegar, tirar essa roupa e relaxar na banheira. Sua mãe tem trabalhado demais... esse negócio de ser vice-diretora dá trabalho de verdade.
Falo com minha pequena ainda na barriga, enquanto caminho em direção ao estacionamento do hospital. Diego havia contratado um dos antigos seguranças do meu pai para ser meu motorista. Renato era um rapaz sorridente, discreto e extremamente competente.
Mas ao me aproximar do carro, senti algo estranho no ar.
Renato sempre me esperava encostado na porta, entretido no celular. Hoje, ele não estava ali. Foi quando, ao chegar mais perto, uma sombra surgiu por trás do carro. Levei um susto. Ao reconhecer quem era, dei um passo instintivo para trás.
Não o via havia meses. Na verdade, os rumores sobre sua situação não eram bons — embora sua família insistisse em esconder a gravidade do que ele enfrentava. Quando descobri que Mateus era dependente quím