Matheus
— Droga... Como pude ser tão estúpido a ponto de tentar sequestrar a Valentina? Eu preciso me livrar desse vício. Preciso voltar a ser o Matheus de antes. Talvez assim... talvez ela consiga me amar de novo.
Falo comigo mesmo, trancado neste quarto de hospital, como um animal enjaulado. Fui um completo idiota por agir no impulso, levado pela emoção. Achei que, cometendo tal loucura, ela iria me amar.
Tomado pelas drogas, cometi um erro que vai me custar caro, e sei que irei envergonhar minha família. Um ato idiota colocou toda a minha vida em risco. Sentado nessa poltrona, me assusto ao ouvir a porta batendo com toda força.
Levanto meu rosto e, à minha frente, encontra-se o senhor Leonardo. Seu olhar de decepção, misturado com raiva e um ódio que só vi assim na noite em que contei sobre o caso, na época da Valentina, com aquele desgraçado do segurança bastardo.
— Filho da puta! Desgraçado!
Sinto o soco em meu rosto, vindo como um furacão. Depois do segurança bastardo, agora era