Diego
— O senhor pode ficar no berçário por dez minutos.
A enfermeira se retirou, e o silêncio que ficou parecia gritar dentro de mim. Agora era só eu... e ela.
Valentina ainda não sabia o nome que eu havia escolhido para nossa filha. A médica já me explicara o quadro clínico. E embora ainda houvesse apreensão, eu finalmente podia respirar — pela primeira vez em horas.
O garoto estava detido em um dos quartos privativos, aguardando a chegada do meu sogro. Por mim, ele já estaria algemado, trancado e longe de tudo que amamos. Mas... eu não podia desobedecer o presidente. Não ainda.
Vestido com a roupa apropriada, abri a porta de vidro com as mãos trêmulas. Entrei no berçário como quem invade um santuário. Cada passo era uma oração silenciosa. Não queria fazer barulho. Não queria espantar o momento.
Minha princesinha era a única ali. Tão pequena, tão frágil... e tão forte. A pediatra havia me dito que ela poderia ter alta em três dias. Valentina... bem, Valentina ainda precisava se re