72. O IMPÉRIO DA MENTIRA CAIU
O relógio marcava 16h em ponto quando três viaturas discretas da Polícia Federal estacionaram em frente à sede da empresa Imperium Beauty. O prédio imponente, espelhado, refletia a tarde nublada, sem sinal do furacão que estava prestes a começar. Nenhum funcionário suspeitava que aquele seria o último dia de Willian no comando da empresa que construiu à base de mentiras, manipulação — e sangue.
Lá no topo, no 30º andar, Willian tomava um uísque caro enquanto analisava os relatórios trimestrais. A falsa sensação de controle era quase cômica, considerando o que viria a seguir.
A porta se abriu com força. Dois agentes federais de terno entraram, seguidos por Roberto, o detetive, agora na companhia de um promotor de justiça.
— Senhor Willian Lauder? — disse um dos agentes.
Willian ergueu os olhos, arrogante, ainda sem levantar-se.
— Pois não? Está havendo algum engano?
— O senhor está preso. Pelos crimes de fraude societária, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e... homicídio. Temos