17. O ANEL DE BRILHANTE
Depois de deixar Larissa em casa, Jacob estacionou em frente à cafeteria discreta e de vitrine iluminada, entrou e avistou Roberto sentado em uma das mesas altas, já folheando umas pastas. A luz quente do interior contrastava com o frio da noite lá fora. Quando Jacob se aproximou, Roberto levantou os olhos, ajeitou os óculos e ofereceu-lhe um sorriso contido.
— Boa noite, Jacob — saudou o detetive, fechando a pasta com um leve estalar. — Tenho duas notícias para você.
Jacob franziu o cenho e rebateu, sem disfarçar a gravidade:
— Pelo visto, as duas são péssimas.
Roberto inclinou a cabeça, confirmando:
— Sim. Vim aqui antes de reportar qualquer coisa à sua mãe, como você pediu. Quero ter sua orientação sobre o que devo dizer a ela primeiro.
Jacob se acomodou na cadeira em frente e perguntou, frio:
— Primeiro: o que minha mãe queria exatamente?
— Ela está convencida de que seu pai está a traindo novamente — respondeu Roberto, pousando as mãos sobre a mesa.
O silêncio pairou por um insta