A noite caiu rápido sobre a mansão Miller. O silêncio só era quebrado pelo som distante da chuva fina batendo nas janelas. Bridget estava sozinha no quarto de hóspedes, sentada na beira da cama. O corpo doía e a náusea voltava de forma insistente, como se cada célula gritasse por descanso.
No fundo, ela sabia que Maxwell estava ocupado em uma ligação importante no escritório, e não queria preocupá-lo. Mas o enjoo veio com tanta força que ela precisou se levantar e ir até o banheiro.
Foi nesse momento, ao abrir a porta, que deu de cara com Andrew no corredor. Ele segurava uma caneca de chá fumegante.
— Soube que você não jantou — disse ele, a voz baixa, sem traços da fúria que antes o dominava. — Chá de gengibre. Pode ajudar com o enjoo.
Bridget franziu o cenho.
— Você não precisa…
— Preciso, sim. — Ele deu um passo à frente, estendendo a caneca. — Não estou aqui pra discutir, Bridget. Só quero que você fique bem.
Por um momento, ela viu algo nos olhos dele — não a posse e o ciúme que