A luz filtrava-se suavemente pelas frestas do teto natural da caverna, tingindo o interior com tons dourados e azulados. O dia despertava lentamente, e o silêncio no templo natural parecia mais do que simples ausência de sons — era uma reverência viva, como se a própria gruta respirasse em sintonia com as revelações da noite anterior.
Quando Amélia e Damian saíram do interior da árvore ancestral, a última visão que tinham foi do grande tronco se fechando suavemente atrás deles, como se a árvore os despedisse, ou talvez os guardasse para o que estava por vir. A entrada, antes pulsante com energia, agora parecia uma simples abertura na terra, como uma marca deixada pela sabedoria antiga, silenciosa e esperando.
O ar fora mais fresco fora do abraço da árvore, mas o peso das revelações ainda pairava sobre Amélia, um presságio do que estava por vir. Ela se sentia alterada, como se uma verdade antiga tivesse se aninhado em seu coração, vibrando junto a cada batida de seu peito.
Damian a obs