A floresta parecia mais densa a cada passo que davam, como se as árvores se fechassem ao redor deles numa tentativa silenciosa de aprisioná-los. As copas altas bloqueavam quase toda a luz do sol nascente, deixando o chão coberto por sombras dançantes que se moviam conforme o vento soprava. O silêncio, antes apenas um incômodo, agora se tornava opressor, quase sufocante, como se o próprio ambiente conspirasse para escondê-los de algo muito maior do que eles podiam compreender.
A trilha sinuosa era irregular e traiçoeira, ladeada por rochas cobertas de musgo escorregadio e raízes que se erguiam como garras tentando derrubá-los. Árvores centenárias se enfileiravam como guardiãs ancestrais, com troncos espessos e galhos retorcidos que formavam túneis naturais por onde a brisa sussurrava segredos esquecidos. O ar era úmido e carregado de fragrâncias da terra molhada, folhas apodrecidas e resquícios de flores silvestres.
Damian caminhava ao lado de Zard, os sentidos em alerta e o corpo tens