A marcha pela floresta prosseguia em ritmo lento, mas constante. O céu acima já dava sinais do crepúsculo, tingido por tons de laranja e púrpura, como se a própria natureza quisesse oferecer um instante de beleza antes da escuridão.
O grupo seguia em silêncio, os olhos atentos aos arredores. O terreno tornava-se mais acidentado, e a vegetação, mais rarefeita. Árvores altas cediam espaço a rochedos e arbustos baixos. As raízes expostas e o solo pedregoso exigiam cuidado redobrado. A cada passo, a tensão aumentava — não apenas pela expectativa do que encontrariam, mas também pela presença invisível que insistia em segui-los.
Amélia sentia aquela energia. Um arrepio constante na nuca, como se algo — ou alguém — caminhasse entre os galhos, à margem da realidade. Por vezes, ouvia farfalhares que os outros pareciam não notar. E havia também aquele perfume… doce, quase etéreo… que trazia à memória a mulher da floresta. Julia. Ela não sabia o que significava sua presença, mas algo lhe dizia q