Pedaços de Sol
Alexandro.
Julian adormece em meus braços, os dedos ainda segurando o desenho da nossa “casa com árvore”.
A babá se despede com um aceno discreto e volto lentamente para a varanda da suíte onde estou hospedado, sentindo o calor leve do corpo dele contra o meu peito.
É a primeira vez que ele dorme em meus braços.
E não existe contrato, vitória corporativa ou reconhecimento que se compare a isso.
Deito-o no sofá com cuidado. Cubro-o com a manta azulada que Aria trouxe da casa antiga.
Uma peça simples, cheia de flores bordadas, que agora se tornou símbolo de tudo que nos conecta:
Passado, amor, dor e agora esse novo presente.
Sento ao lado dele e deixo os olhos correrem pelo contorno do seu rosto adormecido.
Ele é uma mistura perfeita de nós dois. Os olhos dela. Meu queixo.
A forma como franze o nariz quando dorme é só dele.
— Filho! Sussurro, com a voz embargada.
— Você chegou no mundo sem que eu soubesse.
—Mas agora, prometo:
—Não vou mais sumir!
Encosto a cabeç