MEU BEBÊ

Presumi que Benny não tivesse reagido bem por causa do que teve que passar com o pai. Ele não falava muito sobre a família, mas eu me lembrava claramente dele me dizendo que nunca teve um bom relacionamento com o pai enquanto ele era vivo, já que ele nunca foi um bom pai. Ele praticamente abandonou ele e a mãe à própria sorte, então...

— Natalia Brown? Balancei a cabeça quando ouvi o meu nome.

— Eu, aqui.

Eles me levaram ao consultório, onde um médico me recebeu. Ele me fez perguntas de rotina para criar o meu prontuário e, por fim, me levou para a sala de ultrassom.

‍‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌— Se você está com oito semanas de gravidez como achamos... Ele mencionou enquanto aplicava um gel bem gelado no meu abdômen nu. — Provavelmente só veremos a pequena bolsa onde o embrião está armazenado, então não entre em pânico se não vir nada.

— E não há a mínima chance de que realmente não haja nada? Perguntei com um toque de esperança, mas o médico achou que eu estava brincando, porque riu.

— Em 10% das gestações, isso pode realmente acontecer. Que só esteja lá a bolsa e nenhum embrião, mas esses são casos isolados.

— Entendo. Respondi tristemente, e o homem me olhou, um tanto confuso.

— Você não quer essa gravidez? Ele me perguntou diretamente enquanto movia um dispositivo sobre a minha barriga.

— Eu não esperava, e sim, tenho um pouco de fé de que tudo isso seja um mal-entendido. Meu Deus, tudo isso parece tão horrível...

— Você pode fazer um aborto. Ele sugeriu.

— Foi a primeira coisa que pensei. Enxuguei uma lágrima. — Mas depois, quando pesquisei um pouco, percebi que não conseguiria, e eu... Olhei para a frente, vi a tela e engasguei ao ver uma bolsinha no meio de um fundo vazio.

— É...? Procurei alguém para me segurar. O meu coração batia acelerado e o meu peito parecia pesado demais, mas não havia nada que eu pudesse fazer a não ser me segurar na beirada da mesa.

— Isso mesmo. Disse o médico. — É o saco amniótico, e a bolinha dentro dele é...

— Meu bebê. Chorei mais, mas por motivos diferentes. Naquele momento, quando o vi, soube que faria qualquer coisa por aquele pontinho branco. — É o meu bebê.

— Isso mesmo, Natalia. Disse o médico com um sorriso. — Agora, vamos ouvir o coraçãozinho dele.

Um som de "BOOM, BOOM, BOOM" preencheu a sala enquanto um sorriso se espalhava pelo meu rosto.

— Aparentemente, está tudo em ordem, mas você precisa se cuidar, seguir algumas instruções e tomar as vitaminas que vou prescrever para você tomar todos os dias. Engoli em seco. Eu precisava de um emprego em tempo integral, urgentemente.

 Quando ele terminou o ultrassom, limpou o gel, abaixei a blusa e a enfermeira me ajudou a sair da mesa de exame.

Quando voltamos ao consultório, o médico me entregou a receita e o recibo. Então fui com a secretária dele pagar.

— Desculpe, o seu plano de saúde estudantil não cobre a taxa da consulta ginecológica. A cor sumiu do meu rosto e me senti balançar com isso.

— Mas está ativo. Se eu tivesse sido dispensada da academia ontem, não importava. O plano de saúde só expiraria daqui a seis meses.

— Entendo, querida. Disse-me a gentil mulher. — E você pode usá-lo para outros tipos de problemas, como um acidente, mas não para gravidez. Você terá que pagar pela consulta se não tiver outro seguro do seu trabalho.

— Quanto seria? Perguntei, engolindo em seco.

— Me dá um segundo. Ela me deu o papel com o valor e verifiquei o valor na minha conta bancária, suspirando aliviada ao ver que tinha o suficiente, mesmo sabendo que eu só teria alguns dólares para sobreviver até o meu próximo salário. — Aqui está. Entreguei a ela o meu cartão de poupança e senti o plástico ranger quando o dinheiro foi debitado.

— Pronto. Ela me entregou novamente. — Tenho algumas amostras grátis das vitaminas que o médico receitou para você. Ela me entregou três frasquinhos. — Que talvez durem até a sua próxima consulta. Sorri para ela com grande emoção.

— Muito, muito obrigada. Eu disse sinceramente, pegando a sua mão.

— Cuide-se, Natalia, até o mês que vem.

Quando cheguei em casa, a primeira coisa que fiz foi pendurar o ultrassom com um ímã na porta da geladeira, depois tomei a minha primeira vitamina e comecei a preparar algo para comer.

Quando terminei, tirei um cochilo. A semana seguinte começaria com o trabalho duro, e eu queria ter um descanso de reserva, porque o que estava por vir não era nada bonito.

A campainha tocou e me acordou.

— Benny! Eu disse, praticamente pulando da cama, mas quando abri a porta, a decepção me inundou. —Allison. A minha amiga caminhou em minha direção, me abraçou e eu encostei minha bochecha em seu ombro.

— Como você está? Ela perguntou. — Como você está? Ela continuou me questionando quando a convidei para entrar. — Aquele idiota do Benny apareceu? Balancei a cabeça e ela xingou baixinho.

— Então traga o seu computador. Ela jogou as chaves do BMW na mesa, junto com a bolsa, e se sentou. — Precisamos encontrar aquele cara irresponsável. Ela entrelaçou os dedos e os estalou.

— Onde você acha que vai encontra-lo? Gritei enquanto procurava o meu laptop. — Acontece que ele não trabalhava onde disse que trabalhava, e lembre-se, ele não tem redes sociais.

— Foi a primeira coisa que eu te disse quando você o conheceu! Que não era um bom sinal ele não ter redes sociais.

— Você disse isso, sim. Concordei enquanto lhe entregava o meu computador e me sentava ao seu lado, — Mas eu achei muito legal na época. Ei, um homem produtivo que não passa o tempo olhando bundas no I*******m parece o meu antigo sonho romântico de homem.

— E é por causa dos seus sonhos românticos sem esperança que agora temos que fazer uma busca exaustiva por esse idiota que é o pai do seu filho.

— Qual é o sentido disso? Perguntei, apática. — Se ele foi embora, é porque não se importa. Vai ser difícil, mas eu consigo lidar com isso sozinha.

— E eu não duvido, Nat. Você é uma mulher independente, forte e inteligente. Bem, essa última opção ainda está em discussão. Cutuquei-a com o ombro. — No entanto, ele não pode se esquivar da sua responsabilidade. Você não fez esse bebê sozinha. Além disso, talvez assim ele aprenda a ser ainda mais cuidadoso.

No buscador, Allison digitou Benny Anderson. A internet nos deu mais de 500 resultados, mas nenhum deles era o meu namorado. Mesmo quando o sol começou a se pôr, não conseguimos encontrar nada sobre Benny, nenhum arquivo de investigação ou antecedentes criminais.

— E se ele for um daqueles super-super-mega-agentes secretos que mudam de nome e estavam disfarçados na sua casa? Perguntou a minha melhor amiga.

— Isso parece ainda mais romântico do que o que eu li. Eu disse, torcendo o nariz para ela.

— Você tem razão, eu vou desistir... Não, não. Ela estalou os dedos. — Eu não vou desistir. Eu tenho uma ideia. Ela pegou o meu celular e o conectou ao computador. — Você tem fotos do Benny, certo? Ela perguntou.

— Hum, sim, várias.

Allison enviou uma foto do Benny para o buscador, mas não retornou nenhum bom resultado. Só encontrou modelos do P*******t que se pareciam com o meu namorado ou melhor dizendo, meu ex-namorado.

— Bem, pelo menos você pode dizer que teve um namorado modelo. Ela tentou me animar.

— Ele não é o modelo. Eu a corrigi.

— Mas os outros não sabem disso. Rimos quando ela selecionou outra foto em que o rosto do Benny estava mais nítido.

E então o navegador retornou imagens diferentes. Allison rolou a página, mas eu a fiz parar quando reconheci Benny em uma foto.

Ele parecia muito mais jovem, de terno, no meio de uma multidão de caras que aparentavam a mesma idade.

— É ele! Eu disse para Allison.

— Nossa, parece que ele costumava tomar banho e sabia se vestir, não como agora, que parece um mendigo. Lancei um olhar feio para ela, e minha amiga apenas deu de ombros.

Ela selecionou a foto e então notamos a manchete.

"O futuro da empresa Knight está nas mãos do herdeiro, Carter Knight."

Não havia muitas outras informações, nem fotos, mas notei o endereço no final da página.

— Acho que ele está fazendo algum tipo de estágio lá.

— É por isso que ele fala sobre o futuro. Concluí, como Allison. — Mas é estranho, Benny não estuda.

— Ou foi o que ele te disse.

— Você tem razão, vou procurá-lo amanhã de manhã cedo. Ele não pode ficar escondido para sempre. Ele precisa me ajudar a superar isso. Se estamos juntos ou não, isso nem importa agora.

— Dê uma boa olhada nos banheiros. Ele parece que poderia ser o faxineiro. Sugeriu a minha melhor amiga.

— Allison! Repreendi-a novamente, mas ela me lançou um olhar inocente enquanto bebia do canudo da lata de refrigerante.

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