A enorme mesa de jantar da família Bellavista, estava repleta de petiscos e vinhos. A família decidira fazer a prova das comidas juntos. Estavam ali, Sofia, Beatrice e Anna Bellavista, as filhas e herdeiras da Cantina, cada uma com um copo de vinho na mão, provando os petiscos com atenção enquanto discutiam os sabores. Algumas crianças corriam de lá para cá, rindo e roubando pedaços de bruschetta ou bolinhos, enchendo o ambiente com uma energia caótica, mas alegre.
Eu estava de pé, próxima à mesa, com meu caderno de anotações na mão, registrando cada comentário que as irmãs faziam sobre os pratos. A campanha para a Cantina Bellavista dependia de capturar a essência da família e de sua herança, e esses momentos — a comida, o vinho, as conversas — eram ouro puro para a narrativa que eu queria construir. Mas, por dentro, meu coração ainda estava em pedaços. A imagem de Rayane, grávida, na rua chuvosa de Florença, não saía da minha cabeça. Cada vez que eu tentava me concentrar, tudo volt