Capítulo 15

Se era atração sexual o que eu sentia por Kevin, então a única saída era deixar de sentir, já que essa era uma atração impossível. Parecia uma solução óbvia demais? Sim, parecia, mas o que não era nada óbvio eram os meios que eu usaria para chegar até lá. Ou tentar. Não que houvesse muitas chances de dar certo, contudo, eu precisava ser otimista.

Me lembrei de certa vez em que Ester me dissera, após uma das suas dezenas de desilusões amorosas que duraram apenas dois dias:

– Não há nada melhor do que gogoboys para nos fazer esquecer dos garotos que não são gogo!

– Oi?! – eu perguntara na tentativa de compreender aquela frase insana.

Era um trocadilho que precisava de mais de um idioma para ser compreendido. Segundo ela, havia dois tipos de garotos no mundo: os gogo e os não gogo. Os gogo eram autoexplicativos: caras que dançavam e recebiam dinheiro para fazer isso e outras cositas más (no Rio de Janeiro havia muitos desses espalhados, uns dançavam, outros só recebiam por sexo), e os nã
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