Epílogo

O verão de 1995 se findou junto à vida de Kevin Fisher, o garoto, o rapaz, o homem (sim, a ele cabia-se usar todos esses termos), que me apresentou a uma parte inteira do mundo.

Parece incoerente dizer “uma parte inteira”, mas garanto, com direito a um ponto de exclamação, que não é! Tampouco “o inteiro de uma parte”. Haja complexidade para compreendê-lo.

Kevin era um universo e, naquela tarde, este universo não teve um fim dentro do Mustang. Ele estava eternizado dentro das páginas escritas, intituladas “A biografia de um verão”, que tinham ficado parte dentro da gaveta da escrivaninha de seu quarto, parte em seu infinito particular, que poderia ser chamado também de biblioteca.

O amor a que ele me apresentara, não terminou também com a estação: ele perdurou. Perdurou e perdura. Há verbos que podem ser conjugados no passado e no presente sem que seu sentido se altere.

Aquela ligação repentina mudou todos os meus planos, causando uma revolução. Me lembrei de ter constatado, certa vez,
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