Durante a madrugada, Lia até melhorou com a medicação. A tensão diminuiu, e ela conseguiu cochilar. Santina observava-a com alívio.
Contudo, ao amanhecer, o pior aconteceu. Lia acordou com uma dor aguda e, em seguida, percebeu a hemorragia. Ela havia perdido o bebê. Ficou muito mal, sendo rapidamente assistida pela equipe do hospital.
Santina demorou para contar a Lysandro. Esperou Lia se estabilizar e melhorar um pouco. Quando o quarto ficou em silêncio novamente, ela perguntou Lia se ela queria dar a notícia, pois ele estava querendo notícias havia horas.
Lia, apática e com um vazio doloroso no peito, balançou a cabeça negativamente.
— Eu não quero falar com ele.
Lia estava extremamente triste. Mesmo em meio ao caos, ela já estava apegada ao sentimento de ser mãe e à esperança de não estar mais sozinha. A perda era dupla: a do filho e a da única âncora que a ligava a alguma forma de um futuro melhor.
No horário do almoço, Santina, sem conseguir mais esconder a verdade, contou a Lysa