Lysandro observou a porta fechar-se, e o silêncio da casa pareceu cair sobre ele como um peso esmagador. Ele ainda podia sentir o cheiro marcante do perfume de Lia e o eco da confissão dela: "Eu nunca me toquei... eu sou vir.gem." Aquele detalhe, inesperado e quase inusitado, tinha abalado o seu roteiro, ele temia falhar, muito.
Ele não esperou nem um minuto, depois de vê-la saindo da casa. Virou a cadeira, puxou o computador e abriu um site pornográfico. Esticou a mão para a cueca, na esperança de que, a tensão ou até mesmo a repulsa pelo próprio corpo o fizessem reagir.
Nada aconteceu. O corpo permanecia inerte, frio. Ele tentou focar nas imagens, forçando a mente a acompanhar o ritmo, mas o rosto de Lia, com os olhos assustados e o sutiã bege, invadia a sua mente. Sua vergonha era um veneno que matava o tesão de qualquer desejo.
A frustração o atingiu imensamente. Ele fechou o notebook com força, jogando-o de lado. Estava ali, sozinho, em sua vida monótona, rico, bonito, mas absolu