Mundo de ficçãoIniciar sessãoCristina
Dentro desse carro, o silêncio toma conta, mas os dois homens se olham e nos lançam olhares ameaçadores. Sinto que o que fiz se voltou contra mim e coloquei Théo em uma situação de risco, poucas horas depois lhe prometer um lar. Chegamos a uma casa enorme, tão grande que ocupa um quarteirão inteiro e é muito luxuosa. O carro para, sinto meu coração apertar e abraço Théo. — Fim da estrada! Você vem comigo e o menino fica com ele... — Não! Como posso confiar que não farão mal a ele depois do que vi! — Me arrependo do que digo logo em seguida. — Você só precisa seguir nossas ordens e agradar ao chefe. Se fizer tudo direitinho, logo estará com o moleque de novo... — Théo, por favor, comporte-se. Prometo que não demoro! Sou conduzida para dentro, mas meu coração aperta por deixá-lo com esse estranho e assassino. A casa é ainda mais linda por dentro, com móveis de luxo e peças de elegantes. Uma mulher se aproxima, ela aparenta ter mais de cinquenta anos, mas sua aparência era bem cuidada e ornava com o lugar. — Quem é ela? — A mulher pergunta. — Charlotte! — O homem responde me olhando, temendo que eu negasse. — Eu já disse tantas vezes para Klaus não a procurar, finalmente pude ver quem é... Ela me olha dos pés à cabeça, não sei o que pensa sobre minha aparência e receio olhá-la de volta. — O caso é que a princesa aqui foi convocada às pressas para o trabalho e precisa de um tratamento melhor! — Suba com ela, leve até o quarto que pertencia à Eugênia... Há roupas lá. — Após dizer isso, a mulher vai em direção a outro cômodo da casa e lança um último olhar para mim. Ele me empurra para que eu o acompanhe até o quarto na parte de cima, abre o guarda-roupa e tira um vestido, jogando-o sobre mim. — Tome um banho, vista-se com isso... Há depile-se completamente, garotas do job não costumam ter pelos íntimos! — O quê? — Você entendeu, te levarei ao quarto dele dentro de meia hora... Klaus pensará que você é Charlotte, então precisa agir como uma profissional. Entre e dê ao chefe a melhor noite de sua vida ou pode esquecer o menino e esquecer da sua vida! O homem sai me deixando sozinha, como posso satisfazer esse homem que sequer conheço? Se ele perceber que não sou a tal mulher, as consequências podem ser ainda piores do que imagino. O medo me faz chorar muito, quase desabo sentada na cama desse quarto vazio. Olho o vestido em minhas mãos, estou tremendo por inteira de pavor do que precisarei fazer. — Tudo isso é minha culpa, tirei Théo do orfanato para nada! Sou uma idiota! Tomo banho, faço o que ele pediu e me depilo com o que encontro no banheiro. Coloco aquele vestido floral, tento reunir as forças e, no momento certo, o homem chega para me levar. — Pronta? Apenas concordo com um gesto quase imperceptível com a cabeça, seguimos pelo corredor e subimos mais um lance de escadas até os quartos mais elegantes ainda. Uma porta grande se abre diante de nós, um homem está sentado de costas e como um rei no trono, todo trajado de preto. Entre seus dedos, ele fazia a moeda de cobre dançar, passando-a de um dedo a outro como se esperasse... — Senhor Klaus, eu trouxe Charlotte para vê-lo! Ela quer se desculpar por ontem à noite… Olhei para o homem, como saberei dizer o que aconteceu entre eles na noite passada? Ele reconhecerá que minha voz não é a dela assim que eu abrir a boca. — Ela não seria tão ousada para vir aqui depois do que aconteceu! A voz dele era tão forte quanto sua presença, eu queria ver o rosto dele... Mesmo sabendo que ele não poderia ver o meu. — Ela quer pedir seu perdão de joelhos... Sou forçada pelo homem a ficar de joelhos, ele simplesmente sai, me deixando ali. Klaus se levanta da cadeira, sinto o medo crescer e permaneço de ajoelhada me sentindo tão fraca e inútil diante da situação. Ele toca minha cabeça, percebendo que estou mesmo submissa à situação. — Só está aqui porque sabe agora do que sou capaz, dei fim às flores que recebeu e ao verme que te mandou. Mesmo uma puta como você, precisa saber que comigo a exclusividade é uma regra! Klaus me levanta do chão bruscamente, sou forçada a confrontar seu rosto bem de perto. Percebo a semelhança, os óculos escuros... A flor que ganhei na noite passada era dele. — Convença-me a não te matar como fiz com ele! O pavor me vence, puxo seu rosto e engulo o medo em um beijo que eu não queria... Mas precisava acontecer, ele me abraça e pela primeira vez sinto que ele é apenas um humano. Sua boca me devora e me deixa quase sem ar, a língua invade cada extremidade de mim. Começo a sentir meu corpo aquecer e o medo parcialmente me abandona. As mãos dele percorrem meu corpo, subindo meu vestido e isso me deixa tensa novamente. Tento subi-las, mas Klaus apalpa meus seios com força e vontade... Seu pênis encosta em meu corpo que o repele mesmo sabendo que seria inútil. Em um gesto rápido, ele me pega nos braços e me conduz à cama. A independência dele era tão grande que parecia ter calculado cada centímetro daquele quarto. Com muita brutalidade, meu vestido é rasgado e seus lábios passam pelos meus seios. Sinto o medo crescer e acabo chorando, mesmo secando rapidamente as lágrimas que sei que ele veria... De algum modo! Meu corpo acabaria dando sinais de recusa. Klaus repousa seu corpo pesado sobre o meu, retira os óculos e vejo seus belos olhos castanhos. Apesar de estarem em minha direção, pareciam vazios como a noite. As mãos dele levantam as minhas e se as entrelaçam. Minha respiração acelera, seu pênis pressiona minha intimidade. — Charlotte, sempre tão quente! — Ele diz, ao sair de cima de mim. Por um momento, consigo respirar melhor, pensei que aquele segundo de distância poderia me ajudar a aceitar as coisas. Olho para a janela aberta, sei que estamos no segundo andar e, se não fosse por Théo... Eu iria embora! Klaus deita-se quase ao meu lado, começa a sorrir e isso me irrita. — Vamos! O que está esperando para fazer seu trabalho? — Ele diz. Sinto medo de perguntar o que ele espera, as mãos dele estão sobre o pênis... Claro que ele espera algo especial ali! Engulo em seco, começo a abrir seu zíper e minhas mãos tremem tanto que sei que ele notou. De repente, ele me interrompe... — Monte sobre meu rosto!






