Mundo de ficçãoIniciar sessãoKlaus
Esses patetas pensam mesmo que sou cego e um completo idiota, eles não perdem por esperar. Claro que sei que essa não é Charlotte, ela tem muitos anos de experiência no job. Ela nunca me beijaria assim, confesso que permiti que as coisas seguissem mesmo sabendo que essa garota está aqui se atrevendo a me enganar. Seu beijo delicioso, quase roubado, me deixou excitado. De uma forma que Charlotte me deixaria apenas com toques bem íntimos e suas chupadas profissionais. Essa garota está com medo, vou me divertir com isso e apenas aproveitar o momento. — Monte sobre meu rosto! O silêncio tomou conta do quarto, ela fez o que pedi... Senti a pele macia de sua boceta cobrir meus lábios, deslizei suavemente e minha língua começou a desbravar cada pedaço de carne suave. Ela é bem jovem, sinto pelo volume de seus lábios vaginais e isso me deixou com o pau ainda mais latejante de desejo. É tão apertada que posso sentir ao meter minha língua nela, seu corpo contrai e, mesmo que não diga nada e nem deixe seus gemidos escaparem... Sinto que está ficando úmida. Minhas mãos movem os quadris dela, ensinando os movimentos certos e sei que ela está gostando e deixando minha boca melada. Preparo meus dedos para introduzir e dar ainda mais prazer... — Não! — Ela recusa, e se afasta de mim de repente. — O que foi? Até parece que não gosta mais disso, Charlotte! Me implorava para fazer... Vamos, fale! — Só estou nervosa... O medo dela me diverte, obviamente ela nunca fez um programa sexual em toda a sua vida. Levanto-me da cama, abro a gaveta e retiro um preservativo. Ela não me ajudará com isso, então eu mesmo o coloco... Ouço passos dela apressados em direção à porta e a alcanço, agarrando-a e jogando-a de volta na cama e caindo sobre ela. — Achou mesmo que uma moleca como você me faria de imbecil? Quem é você? — Eu... — Fale de uma vez! Já sei que não é Charlotte e sequer uma garota do job qualquer. — Por favor, não me mate, eu nem sei quem é job... Mas não sou prostituta! A inocência dela me faz sorrir pela segunda vez, sinto ódio de meus subordinados por tentarem me enganar usando essa maldita cegueira. — Me matarão ou nunca mais verei Théo se disser que não Charlotte! — Está enganada, não tem que temer qualquer um daqueles homens lá fora... Se eu os proibir de chegar perto de você, ninguém te fará mal! Sinto o corpo dela estremecer, mas ainda me mantenho perto, sentindo seu cheiro e aquecendo. — Por favor, só quero ir embora... — Quem é Théo? — Afasto-me, permitindo que ela respire menos ofegante sem meu peso sobre seu corpo. — Por que aceitou vir aqui se passar por Charlotte? — Eu vi coisas que não deveria e me trouxeram para cá, Théo é meu filho... — Filho? — Questiono se minhas impressões foram falhas sobre a vida íntima dela. Visto-me, enquanto ela fala. — Fomos criados no mesmo orfanato, apenas o considero um filho porque o amo assim! Vai me deixar ir embora com ele? — A pergunta dela parece ansiosa, mas não tenho uma resposta que ela queira ouvir. — Volte para o quarto em que estava, espere novas ordens... Qual o seu nome? O choro dela toma conta do quarto. — Cristina, senhor me deixe encontrar Théo, ele deve estar assustado e não confio naqueles homens! — Somos criminosos, garota, mas não tão cruéis como pensa... Ou eles te fizeram alguma coisa, antes? — Eles não, só você. — Ela responde com força. — Eu não fiz nada, ainda! Faça o que eu mandei e vá para o seu quarto! Ela sai, busco meu óculos na bagunça da cama... Ainda sinto o sabor dela em meus lábios, tanto de seu beijo quanto de sua intimidade, e sei que ela continuará em meus pensamentos. Desço as escadas, grito pela governanta. — Gardênia? Gardênia? — Sim, senhor, o que aconteceu? — Onde estão Marcos e Valter? — Eles estão indo para São Paulo agora, por quê? — Eles acham que assim escaparão de mim... Gardênia continua falando mil coisas, mas não dou atenção a nenhuma delas. Pego meu celular... — Telefonar para Marcos! — A chamada toca por duas vezes. — Chefe? — Voltem agora mesmo! — desligo em seguida. Sinto a raiva ferver dentro de mim, mas não posso fingir que o desejo de seu retorno também vem de querer saber mais sobre a garota e como a trouxeram para mim. — Senhor e Charlotte? Ela ficará para o jantar? — Ela não é Charlotte, é outra de minhas convidadas ilustres! — Então, devo preparar um lugar extra? — Quero um jantar especial de boas-vindas para ela... — Eu sequer sei seu nome, mas em breve saberei tudo o que preciso sobre ela. O tempo passa, espero os dois imbecis de volta em meu escritório. — Chefe, por Deus, nos perdoe... É que o senhor queria tanto Charlotte de volta que... — Apenas queríamos agradá-lo! — Valter gagueja. — Eu deveria mandar cortar a língua dos dois, mas tenho outras formas de cobrar isso. O que quero agora é saber quem é essa garota e como a trouxeram? — Ela se chama Cristina e nos viu matar o amante da Charlotte verdadeira, como o senhor havia nos mandado. Achamos que ela poderia... — Enganar um cego idiota se passando por outra pessoa! — respondo ironicamente. — Tentamos trazer a verdadeira, mas ela... — Foda-se! E o menino que estava com ela? — Grito e bato na mesa. — Mandamos o Tomás se livrar dele! — Se livrar? — pergunto apreensivo. — Ela citou o orfanato, apenas o devolvemos para lá! O moleque deve estar bem... — Porra, Marcos! Eu quero que busquem o garoto, destruam o sistema de segurança e imagino que não seja uma missão tão simples tirar um moleque de um orfanato... Mas fácil ou não, quero que resolvam essa merda e rápido! — E a menina? O que fazemos com ela, Klaus? — Tudo isso passou a ser assunto meu, só tragam o menino de volta para cá! — Sim, senhor, faremos isso o mais rápido possível. Já está tarde, sei que tenho companhia para o jantar e não posso deixá-la esperando.






