capítulo 10

(Narrado por Caio)

Ela dorme.

Ou finge.

Tanto faz.

Eu ouvi o sussurro.

"Eu nunca parei de esperar por ele."

E quer saber?

Problema dela.

O Gustavo tá morto.

E o mundo segue girando.

Levantei da cama sem fazer barulho. A noite ainda tava úmida, grudenta. Caminhei pelo corredor até o escritório. O que era dele. A sala onde ele sonhava, planejava, mandava.

Agora é minha.

Abri a porta. A luz da rua invadia pela fresta da persiana. Sentei na cadeira de couro. Aquela que ele fez sob medida — com encosto alto, couro legítimo e o nome gravado na lateral.

Arranquei a plaquinha com o nome dele no dia seguinte ao acidente.

Hoje, tem o meu.

Liguei o notebook. Toquei nos papéis em cima da mesa. Folheei contratos com minha assinatura. O logo da empresa brilhando no topo. O cargo: diretor executivo.

Cargo que era dele.

Hoje… é meu.

Antes, era o Gustavo que batia o martelo nas decisões. Que os sócios escutavam em silêncio. Que os clientes esperavam ansiosos. Que recebia os convites pra conferência em
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App