A noite parecia interminável.
Mesmo com as cortinas fechadas, a cidade piscava lá fora, lembrando que o mundo continuava girando enquanto o meu estava prestes a desmoronar.
Eu me revirei na cama, mas o sono não vinha. De repente, a porta da cobertura se abriu.
— Rafael? — chamei, levantando assustada.
Mas não era ele. Era Lucas, meu assistente. Ofegante, suado, como se tivesse corrido para chegar até mim.
— Precisamos conversar. Agora.
O coração disparou. — O que aconteceu?
Ele olhou em volta, fechou a porta e se aproximou. — Há rumores de que Ana fechou um acordo secreto com um dos diretores. E não é só isso.
— O que mais? — perguntei, engolindo em seco.
— Ela não está agindo sozinha. Há alguém financiando os movimentos dela. Uma mulher. Ninguém sabe o nome, mas dizem que ela tem ligação direta com… Rafael.
Senti o chão sumir sob meus pés.
— Não pode ser.
Lucas assentiu. — Pode. E, Joana… se for verdade, estamos cercados.
Horas depois, quando Rafael finalmente voltou, o encontrei na