Joguei xadrez

Estando com o desgosto dos termos da primeira parte corroendo-a, Penélope tinha os olhos arregalados na tela, sem crer no que ouviu. Alucinava ou Roberto, conhecido por nunca mudar de ideia, desistiu de impor que a porcentagem seria repassada futuramente aos hipotéticos netos?

A incredulidade estampada no rosto de Penélope era compartilhada por Diego. Sentado ao lado dela, ele fitava o televisor, sem compreender a declaração, esperando o truque após a fala.

— Imagino que esta mudança o surpreenda, Diego — Roberto disse como se pudesse enxergar o filho através da tela. — Certa vez, Luiz me taxou de manipulador, sem consideração pelos sentimentos dos demais, que tratava todos como peças de um cruel e egoísta jogo de xadrez. Nunca joguei xadrez, mas ele estava certo — comentou dando de ombros. — Para ter a minha vontade atendida, o enganei Diego.

A confissão de Roberto não surpreendente nenhum dos adultos na biblioteca. Diego, sentindo um nó se formar em seu estômago, apostava que, se en
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