Ocupando-se ao máximo com os afazeres da fábrica, incorporando Neo[1] para desviar das balas de fofocas e ainda encontrando tempo para ser a melhor irmã para Samuel, a semana voou para Penélope.
Em um estalar de dedos a véspera de seu casamento chegou, e com ela o desânimo.
Tanto ela quanto Diego não contribuíram em nada nos preparativos. Ambos os noivos estavam apáticos, no automático. Eram peças num jogo orquestrado e jogado unicamente por Roberto, que todos os dias, no café da manhã, repassava o relatório das decisões tomadas, solicitando aos dois uma ou outra providência.
O único empolgado com a cerimônia era Samuel, além de contar os minutos para a despedida de solteiro em que participaria.
O entusiasmo do menino aumentava a apreensão de Penélope com o futuro. Para piorar, nos últimos dois dias Diego estava estranho. Parou com as provocações, estava calado e compenetrado.
Longe de ficar feliz com o fim dos elogios e insinuações, como pensou que ficaria, Penélope estava preocupada