Desde que Diego chegou à mansão, as noites de Penélope eram insones e seus dias péssimos, o anúncio surpresa do noivado deles e a conversa que tiveram só piorou seu estado físico e mental. Virou e revirou na cama até pegar no sono, sendo despertada no que lhe pareceu minutos depois.
Maquiando-se para ocultar os sinais de cansaço, Penélope procurava um meio de escapar daquela situação, pois, a luz do dia, concordar com o casamento parecia ainda mais insano do que quando se deitou. Todas as suas ideias eram descartadas ao imaginar a reação de Roberto.
Abandonando o pincel do blush na penteadeira, fitou seus olhos escurecidos em um tom de musgo com um fino aro dourado. Se o que Diego contara fosse verdade, só havia uma forma de escapar das garras de Roberto, uma última e perigosa cartada.
Ergueu-se decidida a utiliza-la. Seria arriscado, mas casar e contar os dias para o patriarca Freitas morrer era mórbido e abominável para ela. Apesar de tudo, considerava Roberto quase como o avô que