Cassie demorou a abrir os olhos naquela manhã. O corpo inteiro parecia flutuar em uma sensação deliciosa de torpor, os músculos pesados, mas relaxados, como se ela tivesse mergulhado em um lago quente. A memória da noite anterior ainda a envolvia como um cobertor invisível — as mãos de Hendrick nela, sua boca, o calor brutal e doce ao mesmo tempo.
Um sorriso preguiçoso se abriu em seus lábios antes mesmo de se mover. Sentiu o peso sólido de um braço em torno da sua cintura e, diferente das outras manhãs, Hendrick não tinha levantado antes do sol nascer. Estava ali, grudado nela, respirando em seu pescoço como se tivesse medo de soltá-la e descobrir que tudo não passava de sonho.
Cassie se virou devagar, encontrando-o de olhos entreabertos, os fios escuros caídos sobre a testa, as íris cinzentas suaves de sono. Ele a olhou de uma forma que quase fez seu coração tropeçar dentro do peito.
— Bom dia, pequena — murmurou, a voz rouca, ainda embriagada da noite.
Ela corou, os lábios se apert