Priscila Barcella
Na manhã seguinte, sem ter dormido, resolvi sair cedo. Assim que o sol nasceu, peguei a Nina e saí, deixando a Josefa dormindo no quarto do Liam. Hoje é sábado, e as crianças podem dormir até mais tarde.
Cheguei ao hospital às seis e meia da manhã e logo vi a Marta na recepção.
— Bom dia, Marta — falei, e ela abriu um sorriso para minha bebê.
— Bom dia, Priscila. Não sabia que você viria tão cedo...
— E a senhora conseguiu descansar? — perguntei, preocupada.
— Como poderia dormir sem saber se meu menino está bem? Fiquei impaciente e vim até aqui, mas fiquei com vergonha de pedir informações. Algumas pessoas me olharam de forma estranha — ela falou gesticulando, e percebi um hematoma em seu braço. Conheço muito bem hematomas para saber que ele não estava ali ontem.
— Entendo, também não consegui dormir. Mas a senhora comeu? — perguntei, e ela desviou o olhar para a Nina.
— Ela é uma graça de bebê — disse, sorrindo.
— Vamos para a cafeteria, e depois a senhora