Priscila Barcella
Fomos até a diretoria, e havia uma menina sentada com um curativo no nariz e um casal de costas para a gente. Agradeci mentalmente por Liam ter vindo conosco, pois, conhecendo-me bem, eu poderia acabar fazendo besteira.
– Esta é a Violeta – Íris sussurrou no meu ouvido.
– Bom saber – respondi.
– Mãe, foi essa garota que me bateu – a tal Violeta disse para a mãe, que se virou. Reconheci a mãe insuportável dela, a mesma mãe da Valentina.
– Você – ela disse ao me ver. – Claro, a outra órfã também é sua. Deve fazer coleção – ela falou, levantando-se.
– Acho bom você limpar a boca para falar da minha filha, mas o que esperar da filha de uma preconceituosa sem escrúpulos – respondi, aproximando-me dela.
– Quem você pensa que é para falar assim comigo? Você não tem a menor classe. Com certeza é uma mulher seca, que precisa se realizar de outras maneiras.
– Diferente de você, eu tenho quatro filhos maravilhosos, que não humilham ninguém pela classe social. São crian