Liam Matarazzo
O quarto ainda guardava o calor do que acabáramos de viver. O corpo dela permanecia colado ao meu, o cheiro da sua pele misturado ao lençol amassado, e eu sentia o coração acelerar, não apenas pelo prazer, mas pela intensidade de tudo o que aquela mulher despertava em mim.
Passei os lábios devagar pelo braço dela, como se aquele gesto fosse a única forma de acalmar o turbilhão dentro de mim.
— Amor... — sussurrei, a voz embargada, ainda rouca do que tínhamos acabado de compartilhar.
— Hum... — ela respondeu baixinho, quase sonolenta, mas presente, com aquele ar satisfeito que me fazia sorrir.
Engoli em seco, porque algo queimava dentro de mim e não dava mais para guardar. — Hoje... hoje eu contei tudo para a minha mãe. Sobre nós, sobre como a nossa família foi construída. — Virei-me para encarar os olhos dela, e o jeito como me olhava, ainda entregue, me deixou mais vulnerável. — Falei da Íris, do Ítalo, da Belinha, da Mavie e da nossa pequena Nina... falei de como