Priscila Barcella
Fui até o parque próximo à empresa, ansiando por um pouco de paz em meio à correria do dia. Assim que cheguei, tirei os saltos, sentindo o alívio imediato ao colocar os pés na grama fria e macia.
Com Nina nos braços, caminhei até um espaço coberto e me acomodei ali. Cuidadosamente, a coloquei no chão. Bastou um segundo de liberdade para que ela puxasse um punhado de grama e tentasse levar à boca.
— Filha! — chamei, rindo enquanto tirava a grama de seus dedinhos rápidos.
Mas ela, sem se abalar, já estava puxando outro punhado, com a mesma determinação de sempre.
— Você é teimosa como a mamãe, é? — perguntei, sorrindo com uma mistura de exasperação e ternura.
Ver Nina descobrir o mundo, mesmo nos pequenos detalhes como a grama, fazia meu coração se encher de alegria. Por alguns instantes, todo o peso da vida parecia sumir.
Ficamos ali por quase duas horas. Nina estava encantada com o movimento ao seu redor, observando as crianças que corriam e gargalhavam. Quando vi um