Sua saliva era quente e eu não lembrava a última vez que senti o sangue ferver dentro de mim daquela maneira. Num ímpeto, retirei meu dedo da boca dela, com certa agressividade, fazendo-a resmungar:
- Você me machucou...
Preocupado, abaixei-me novamente para ver se de fato a havia machucado, talvez cortado sua boca ou lábios. Foi então que a mulher me pegou desprevenido, puxando-me de encontro a sua boca, tentando me beijar mais uma vez.
Afastei-me novamente, quase caindo.
Ouvi o suspiro dela:
- Você é gay! – Saiu como uma afirmação.
Não respondi nada. Não me importava com o que Danna pensava. E mesmo que eu desse explicações, certamente no dia seguinte ela não lembraria.
- Sabe que eu consigo chegar no céu? – Ela levantou as mãos, como se estivesse de fato tocando algo.
Eu tinha 30 anos e uma longa e