125. O doce sabor do amor autêntico e o amargo gosto do segredo
Os dias que se seguiram à exposição transformaram a vida de Laura em Ouro Preto. O reconhecimento de Mestre Afonso e a venda de sua tela para uma crítica de arte respeitada lhe renderam um novo status na pequena e vibrante comunidade artística da cidade. As pessoas não a olhavam mais como apenas mais uma jovem sonhadora, mas como "Laura Monteiro, a artista", uma voz promissora cuja obra tinha alma e verdade. Essa validação, conquistada unicamente por seu talento, era um bálsamo para as inseguranças que a haviam levado até ali.
Mas a maior e mais doce transformação em sua vida era Leo. O relacionamento deles desabrochou com a naturalidade das flores silvestres que brotavam nas frestas das pedras centenárias de Ouro Preto. Os cafés na praça tornaram-se um ritual, as caminhadas pelas ladeiras históricas, uma rotina. Ele a levava para conhecer cachoeiras escondidas, lugares de uma beleza crua e inspiradora. Ela o levava para seu pequeno estúdio, onde ele se sentava em um canto, tocando me