O acampamento repousava envolto pela névoa fria da madrugada, envolto pelo silêncio cortante da floresta. A brisa balançava levemente as folhas, e a única luz vinha da brasa morna da fogueira que ameaçava apagar. Tudo parecia suspenso, como se o mundo respirasse devagar. Foi nesse silêncio que Alade despertou, sobressaltada, o peito arfando como se estivesse emergindo de um pesadelo profundo. O coração disparava, e o corpo coberto de suor frio tremia ligeiramente.
Sentiu braços fortes a puxando contra o calor de um corpo. O perfume conhecido e amadeirado de Aaron a envolveu, trazendo de volta a lembrança de onde estava. Ele ainda dormia, mas o gesto de puxá-la para junto de si parecia instintivo, protetor, inconscientemente possessivo.
Ela tentou se acalmar, mas algo a inquietava. Olhou ao redor e sentiu o peso de uma ausência. Astar. Ele não estava em seu posto de vigia. Franziu o cenho, inquieta. Desvencilhou-se lentamente de Aaron, seus movimentos leves e cuidadosos como os de uma