Collin*
A alcatéia de Liam começava a deixar os destroços de Alicerce Azul. Os corpos exaustos caminhavam em silêncio, carregando nos ombros o peso da guerra vencida. O ar cheirava a sangue e fumaça, mas também a recomeço. Ainda havia uma última coisa a ser feita — justiça.
Valério e Alice foram levados à praça central ao cair da tarde. As cordas estavam prontas. Liam os encarou sem uma palavra. Não havia perdão — não para quem havia vendido sua própria alcatéia. Quando os corpos penderam do alto, balançando com o vento frio, a multidão permaneceu em silêncio. O som da vingança era mudo.
Edmund era o único Vênus sobrevivente. Estava ajoelhado na terra encharcada, sem se abalar, como se já estivesse em paz com sua sentença. Não havia medo em seus olhos — apenas resignação.
Collin se aproximou devagar, tocando o braço de Liam. Ele virou-se, os olhos ainda endurecidos.
— Quando eu fugi… ele foi o único que me ajudou — disse com a voz baixa, mas firme. — Deixe-o viver.
Liam a encarou por