Collin*
Quando acordou naquela manhã, um desconforto sutil se espalhava por seu ventre. Uma pontada baixa e estranha, como se algo se mexesse dentro dela — ou como se apenas desejasse se fazer notar.
Ela gemeu baixinho e levou a mão até a barriga.
— Você podia ser um pouco mais gentil comigo, sabia? — sussurrou com um sorriso fraco.
Mas nada respondeu. Nenhum chute, nenhum sinal. Apenas o silêncio. Ainda era cedo demais.
Ela se mexeu na cama improvisada, o peito apertado. Liam não havia dormido com ela. Collin ainda não tinha conseguido dizer nada, decidir nada. Sua mente era um redemoinho. E o bebê... era real. Tão real que parecia impossível.
Lá fora, ao abrir a porta, deu de cara com Eve.
— Eu sabia! — Eve exclamou, puxando-a para um abraço apertado.
Collin sorriu, retribuindo.
— Eu ainda não acredito. — confessou, a voz baixa.
— É assim mesmo... Vai acreditar quando seus seios começarem a doer e sua barriga crescer como um balão. — Eve riu, e elas caminharam lado a lado.
— E Liam?