Existia um silêncio constrangedor na sala de estar da fazenda. O cheiro de chantilly de lata perturbava a face de Ulisses, deixando-o com as narinas enrugadas. Os olhos dele se mantinham passeando na mãe e no homem. Julgando-os…
Dona Rita suspirou. Já estavam devidamente vestidos, embora ainda haja resquícios de chantilly no cabelo do homem.
Hazel assistia a situação sem olhar para ninguém ou falar.
— Eu agradeceria se mudasse essa cara, Ulisses — sugeriu Rita.
— Não consigo. Fui traumatizado há minutos atrás. Acho que vou precisar de um psicólogo — disse, desviando o olhar.
— Ora, desfaça essa cara agora — a mulher enfezou. — Estou sozinha há anos. Achou que eu merecia viver assim?
Os olhos do ceo a miraram.
— Mas é claro que não!
— Então me diga o que quer de mim? — Rita se exaltou.
— Apenas que faça “aquelas” coisas dentro do seu quarto enquanto estivermos aqui. Eu não sou obrigado a presenciar aquela cena horrorosa — disse ele, simulando um calafrio. — Terei pesadelos e nunc