Rebeca
Estou deitada de olhos fechados, sentindo ainda no corpo os resquícios da noite intensa que tive. O calor dele, o cheiro amadeirado que ficou impregnado na minha pele e na fronha do travesseiro. Minha mente vagueia pelo furacão de homem que encontrei.
O rosto dele era uma perdição – traços marcantes, um nariz afilado e aquela barba que me enlouqueceu. O toque dela na minha pele foi um pecado. Quando desceu entre minhas pernas… Deus! Ele sabia exatamente o que fazer.
E não bastava ser gostoso, ainda tinha tatuagens. Vi quando ele ficou nu, e quase perdi o juízo. Eu amo tatuagem. Amo barba. Amo homens intensos.
Aqueles olhos claros, penetrantes, cheios de mistério. A pele bronzeada, o corpo atlético, as mãos grandes e firmes…
Um homem de verdade.
E agora ele sumiu.
Deixo a preguiça de lado e abro os olhos, esperando vê-lo ali, mas a cama está vazia. Me levanto depressa, atravesso o quarto e sigo para a sala do hotel. Nenhum sinal dele.
Meu coração aperta.
"Onde ele foi?"