Letícia
A saudade aperta o peito como uma mão invisível, sufocante. Sinto falta da minha amiga, daquela que amo como se fosse uma irmã. Sei que ela está furiosa comigo e com a Camila.
O motivo?
Um turco maldito que conseguiu bagunçar completamente sua cabeça.
Rebeca se apaixonou perdidamente por um homem que mal conhece. Mas quem sou eu para julgar? Estou presa no mesmo labirinto, sentindo um amor absurdo por alguém que, no fundo, nunca me pertenceu.
Isso me destrói. O nó na garganta cresce e a vontade de chorar se torna inevitável. Sou chorona por natureza choro até com comerciais de margarina. Mas, dessa vez, não é qualquer lágrima. É dor. Frustração.
Eu tinha avisado o Roberto. Ele deveria ter contado logo para Rebeca que o turco era noivo. Se ela soubesse desde o início, talvez tivesse conseguido esquecê-lo mais rápido. Diferente de mim, que estou há dois anos aprisionada nesse sentimento sem solução.
Que droga!
Ainda estou na empresa, diante do homem que me tira o sono.