Juliana Alcântara
Revoltada, indignada e tudo mais, o que eu quero é matar essa mulher.
— Você? — acuso, apontando o dedo para seu rosto.
— Calma, amor. Explicarei tudo, mas antes sentaremos para almoçar. Está nítido que você quer matar minha tia, e isso não é algo que permitirei. Acho que não me quer irritado, não é? — Ele me olha, e minha vontade é de jogar tudo o que tenho ao alcance em seu rosto.
Sua fisionomia muda ao me encarar, e sinto medo apenas de olhar para ele. Segurando minha cintura, ele me conduz até a mesa.
— Tia, quais são as novidades de lá? — pergunta ele, enquanto ela serve a mesa, evitando meu olhar.
— Daqui a pouco irei para lá. Não posso ficar muito tempo, mas se precisar, volto mais tarde. Acabaram de me ligar para informar o que houve. O Cláudio não está bem; parece que não resistirá à cirurgia. E aquela gorda parece que perdeu o bebê, já que a Ivone me disse que ela está com um sangramento forte. — Ela fala com expressão de nojo.
Fico cada vez mais irritada,